
DISPENSANDO BILHÕES - Mark Zuckerberg (esq.), Dustin Moskovitz e Sean Parker são os jovens - e milionários - criadores do Facebook
Preparando-se para chegar ao Brasil, MySpace e Facebook querem se tornar a ‘identidade’ do usuário na internet
Rodrigo Martins
Uma nova geração de comunidades virtuais está para desembarcar no Brasil. Muito populares nos EUA, MySpace e Facebook prometem, para breve, lançar versões em português de seus sites de relacionamento e, com isso, tentar atrair os mais de 34 milhões de usuários do famigerado Orkut no País.
Com os lançamentos, que os dois serviços confirmaram com exclusividade para o Link, os internautas tupiniquins serão apresentados à segunda fase das comunidades virtuais. Se antes elas serviam para mandar mensagens e procurar amigos, agora querem convencer você de que o seu perfil virtual é a sua “identidade” na rede mundial.
Muito mais do que grupos de discussão e envio de recados, a nova geração permite publicar tudo o que é seu: há espaço para blog, vídeo, foto e áudio. O usuário pode personalizar a forma como seu perfil é exibido, alterando as cores e a disposição das coisas. Dá ainda para conversar em tempo real com os amigos. Tudo sem sair da comunidade.
“A tendência desses sites é reunir todos os recursos em um só lugar”, diz o pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Alex Primo. “É tornar-se uma representação do usuário na web. Se um amigo quer saber sobre você, no seu perfil, lê o blog, vê suas fotos, assiste aos vídeos...”
O próprio Orkut já apresenta alguns sintomas desse fenômeno. Cada vez mais, são embutidas funções e mais funções.
Mas o MySpace e o Facebook levam isso ao extremo. No primeiro, que é a maior comunidade do mundo, além de blog, fotos, vídeo e música, dá para publicar notícias, comprar e vender produtos usados e até assistir a séries de TV com melhor resolução do que no YouTube.
Já o Facebook é um caso à parte. Ele não tem uma empresa gigantesca por trás, como a News Corporation, do MySpace. Mesmo assim, se destaca na nova geração. O dono é um garoto de 23 anos, o norte-americano Mark Zuckerberg. Ele criou o site em 2004, como um passatempo na universidade.
Hoje, após largar os estudos para se dedicar à comunidade, o jovem tem um site com mais de 30 milhões de usuários. E que continua a crescer, ameaçando a soberania do MySpace.
Na página, além de poder publicar de fotos a mapas de viagem, dá para enviar flores virtuais ou ‘pichações’ digitais aos amigos.
O sucesso já chamou a atenção. Em 2006, o Yahoo! ofereceu US$ 1 bilhão pelo site. Zuckerberg negou. Na semana passada, houve rumores de que a Microsoft teria ofertado US$ 6 bilhões. E o garoto teria dito não. “Não queremos ser mais uma comunidade”, disse ele no mês passado na conferência f8, organizada pela empresa nos EUA. “Buscamos ser o lugar de contato com os amigos em tudo o que o usuário fizer na web.”
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